sábado, novembro 3

quinta-feira, outubro 4


"eu descobri que eu, eu tenho grande um grande amor e eu, vou aprender a lhe dar valor"

terça-feira, agosto 7

lembras-te quando ficámos na tua varanda a ver os aviões à noite? contávamos todos, e imaginávamos sempre de onde eles vinham ou para onde eles iam. os mais lentos iam só até à Madeira, os mais ou menos rápidos iam até ao Brasil e os mais rápidos iam até à lua. lembras-te? lembras-te como me estimavas e me vias como se eu fosse única na tua vida? lembras-te como eu ficava contente quando tu chegavas e te enchia de beijos até estares farto de mim? hoje quando te vi não tive vontade de te abraçar. não me apeteceu saltar para as tuas cavalitas, nem encher-te de beijos. cumprimentei-te como se cumprimenta um conhecido qualquer, como se nunca tivesses feito parte da minha vida como fizeste. como se nunca tivesses sido tão importante para mim como, no fundo, és. hoje vi-te ir embora para tua casa e não tive vontade de te dar mais um beijo, nem mais um abraço, nem de te dizer até amanhã mais uma vez. ou melhor, hoje eu nem sequer olhei para trás para te ver fechar a porta. as coisas não deviam mudar assim, sabes? com esses anos todos e nunca te ensinaram que não se deve trocar as pessoas de lugar? eu sei que existem pessoas novas, mas cabemos todos no mesmo coração, ou não? eu nunca te digo, mas tenho saudades tuas. e também nunca te digo, mas gosto muito de ti.