5.08 setúbal

06.45h: "minha senhora, mas ainda não são 7 da manhã!". pronto, pode-se dizer que isto foi a nossa morte. não, pior foi ficar-mos duas horas sozinhas naquele deserto, "temos-nos uma à outra, não estamos sozinhas". e foi uma manhã agradável, temos de admitir (temos?), tirando umas vespas, um besouro castanho, uns seguranças gozões, uns homens com cara de pedófilos, foi bom, não foi? pelo menos vimos o nascer do sol, adoptámos um cão e jogámos uno. depois desesperámos por uma casa-de-banho e por um bocadinho de vento. ah, e acho que os nossos rabos não nos vão perdoar tão depressa, coitaduxos. e a nossa paciência, muito menos. mas sim, foi bom, muito bom. foi diferente. foi diferente ter-te comigo e estarmos só as duas. (des)esperar só as duas. e obrigado, a sério. pelo dia e pela noite, e por toda a sinceridade. e pelas bolachas derretidas. e desculpa. "não gosto de feijão, gosto de chocolate, hmm, gosto de ti (...)", eu também, juro.

foi setúbal (L)