
'todos os irmãos se dão mal, mas vocês passam os limites!', ouvimos isto a nossa vida toda. cada vez que gritávamos, cada vez que andávamos à porrada, cada vez que estragávamos as coisas um do outro de propósito, cada vez que me chamavas todos os nomes possíveis e eu a ti. mas nunca ninguém falou das (poucas) vezes que nos dávamos bem. aquelas que brincávamos juntos quando ninguém nos chateava, que riamos juntos até chorar e nos doer a barriga, que nos escondiamos juntos depois de fazermos alguma coisa de mal. essas vezes também contavam e nunca ninguém deu por elas. porque no fundo, eu até gosto de ti. hoje cresceste, mudaste e amadureceste. estás um homem e eu nem dei por isso. acho que ainda te vejo como aquele menino de cabelo à tigela que precisava que eu o defendesse sempre. e sinceramente, ainda espero que um dia sejamos como aqueles irmãos dos filmes que se adoram incondicionalmente e vão juntos a todo o lado (se bem que nunca vou gostar assim tanto de ti, não te iludas). até lá vamos continuando com as nossas birras, entre algumas conversas de gente grande.
odeio-te tanto quanto possas imaginar (L)
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