domingo, março 11

17# carta para alguém da tua infância


quis escrever-te porque tenho saudades tuas. há algum tempo que ando a pensar muito em ti, quero saber como andas, por onde andas e com quem andas; quero saber como está a tua vida, os teus problemas e o que agora te faz feliz. e quero contar-te. quero contar-te como eu ando, como estou e tudo o que se tem passado comigo nestes últimos anos que tu não sabes. quero sentar-me contigo e falar sobre o que não consigo falar com mais ninguém - sempre foste a única pessoa capaz de me ouvir sem me interromper. entrei para a faculdade sabias? provavelmente soubeste por alguém. e sabes quem era a única pessoa que eu queria que estivesse ao meu lado no dia que passei o portão grande daquela faculdade? tu. eu só precisava que, como sempre, me dissesses que ia correr tudo bem e eu tinha entrado confiante. queres saber? entrei insegura, com medo e tentada a voltar para trás. quero que saibas que tenho saudades tuas, que me fazes muita falta e que quase que não há um dia em que eu não pense em ti. quero que saibas também, porque acho que nunca te disse, que foste a pessoa de quem eu mais gostei, que mais estimei e que, longe ou perto, quero guardar para o resto da minha vida. passaram dezasseis anos desde a primeira vez que te vi, passaram dez desde a primeira vez que prometemos que iamos ser os melhores amigos do mundo para sempre, e passaram dois desde a última vez que te vi. mas fica com a certeza de uma coisa: podem passaram dez, vinte ou cem anos, que tu foste sempre o melhor amigo do mundo. espero que esteja tudo bem contigo, e que esses teus sonhos gigantes que tinhas se tenham realizado todos. "por ti terei o mundo, na minha mão", eu não me esqueço. vou gostar de ti até morrer, prometo.
sempre sempre tua Danoninho.

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