
- Ficas comigo?
- Ficar contigo? Para quê? Olha para nós. Já estamos a brigar!
- É isso que fazemos. Brigamos. Tu dizes-me quando eu sou um filho da mãe arrogante. Eu digo-te quando estás a ser uma chata, o que tu és quase sempre. Não tenho medo de te aborrecer. Tu recompões-te num segundo e voltas a ser chata outra vez.
- E então?
- Não vai ser fácil. Vai ser mesmo muito difícil. Teremos de melhorar isso todos os dias, mas eu não me importo porque te quero. Quero-te para sempre. Tu e eu juntos todos os dias. Fazes uma coisa por mim? Por favor? Imagina a tua vida daqui a 30 ou 40 anos. Que te parece? Se é ele que lá está, vai. Vai! Perdi-te uma vez, devo poder perder-te outra vez, se souber que é mesmo isso que queres. Mas não resolvas isto pela facilidade.
- Que facilidade? Não há nada de fácil aqui. Faça o que fizer, magoo alguém.
- Importas-te de não pensar nos outros? Deixa de pensar no que eu quero, no que ele quer, ou os teus pais. O que queres tu?
- Não é assim tão simples.
- O que queres tu?!
- Tenho de ir.
Sem comentários:
Enviar um comentário