o ar custa a circular quando me lembro que já não te tenho ao meu lado. já não estás aqui para amparar todas as minhas quedas, avisar-me de todas as minhas falhas, mandar embora todos os meus medos. já não estás aqui de maneira nenhuma. nem que eu queira pensar em ti como se estivesses, já não consigo. foste-te mesmo embora, de uma maneira tão cruel, que nem te despediste. não acho justo, porque talvez eu não merecesse, mas a nossa amizade merecia, e olha que ela está muito chateada contigo. por isso quando te vir outra vez, em nome dela, vou-te dar-te um grande estalo. pode ser que seja com tanta força, que doa tanto como a tua falta aqui. porque dói, arde, sufoca. custa. entendes? se entenderes vou acreditar um bocadinho que sentes a mesma coisa. e se assim for, diz-me! por favor, diz-me. se a nossa amizade também já falou contigo, dá-me o estalo que mereço. mas diz-me. mas volta. pelo menos para te despedires, pelo menos isso. e para me abraçares, como já não fazes à tanto tempo. seja como for, amo-te sem fim, meu menino lindo. todos os dias me lembro de ti e da tua ternura, da tua coragem, da tua força. e não te esqueças nunca, que os teus olhos fazem-me achar que as estrelas não têm brilho.
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